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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Operação Pasárgada - O Fim (parte 3): Destroços


Ano 2 - Dia 175


Após uma breve discussão a respeito do destino dos destroços da estação espacial Pasárgada, ficou decidido que eles deveriam ser deorbitados e destruídos. Algumas das partes até pareciam inteiras, mas o risco de possíveis danos estruturais era grande demais para arriscar reaproveitá-las e tentar reconstruir a estação.


A seção de comando, com sua reserva de combustível, continha monopropelente suficiente para induzir à sua queda.


Um dos braços também tinha uma pequena reserva de monopropelente, e também pôde ser deobitado apenas com os propulsores RCS. Não era esse o caso do outro braço, cujo tanque de monopropelente fora totalmente destruído.


 Felizmente, a solução não foi difícil. O Arretado I, apesar de "decapitado", ainda estava praticamente inteiro e funcional. Bom, exceto pela falta da cabine de comando, mas já que não teria que carregar passageiros, não havia problema.


Controlando a nave remotamente, os pilotos do centro de comando aproximaram o Arretado I do braço restante.


Usando a porta de acoplagem traseira da nave, eles a conectaram à seção e usaram os motores nucleares para conduzir o conjunto de volta a Kerbin.


E foi assim que o programa espacial kerbrasileiro deu adeus a uma de suas principais naves, o histórico módulo de comando que levou os primeiros kerbrasileiros até Mun.


A única outra seção de tamanho razoável em órbita era o porto de atracagem, com seus três módulos de fuga restantes.


Essa seção também tinha uma reserva RCS, e pôde ser derrubada por seus próprios meios. Assim morria finalmente Pasárgada, a primeira estação espacial kerbrasileira.

domingo, 27 de outubro de 2013

Operação Pasárgada - O Fim (parte 2): Resgate


Ano 2 - Dia 171

Mun foi bombardeada por fragmentos do Cometa 22, resultando na destruição de várias bases e na maior perda de vidas no espaço da história kerbal. O programa kerbrasileiro passou razoavelmente incólume: sua única base ficava em Minmus, mas a estação espacial Pasárgada em órbita de Kerbin foi destruída por detritos lançados pelos impactos em Mun. Três kerbonautas estão presos em órbita: Juca Kerreira e Dorival Kerviana acompanham o idoso Hermann Kering, que não resistirá ao retorno à gravidade do mundo natal.


Enquanto os engenheiros discutem o que fazer no centro espacial, Severino toma as rédeas da situação. Da base Arcádia em Minmus, ele controla remotamente o módulo de pouso Porreta I, que pode ser a salvação do trio de kerbonautas que inclui seu irmão mais novo, Juca.


Severino faz com que o Porreta I se acople ao Porretão II, o novo foguete tanque. Isso aumenta em muito o alcance do módulo de pouso, projetado apenas para viagens entre a superfície e a órbita de Minmus.


Controlada remotamente, a nave parte em direção a Kerbin.


Após pouco mais de um dia de viagem, a nave ajusta sua órbita de modo a permitir um encontro com o Avexado IV, onde os três "náufragos" espaciais aguardam pacientemente na cabine apertada.


Nesse ponto Juca assume o comando, e consegue acoplar as naves. 


Juca e Dorival transferem cuidadosamente o velho Kering para a cabine do Porreta I.


O Avexado IV é deixado para trás, e o trio se prepara para partir. A solução de Severino foi bem pensada: o idoso Kering não sobreviveria na gravidade de Kerbin, mas a pequena lua Minmus não exerce uma atração tão forte quanto o planeta mãe.


Logo a nave parte em direção ao novo lar do trio.


Usando os motores do Porretão II, Juca consegue colocar a nave em uma órbita a 100 km da superfície.


O foguete tanque é descartado como se fosse um estágio utilizado, e o módulo de pouso segue para a superfície.


A descida ocorre sem incidentes, já que Minmus ficou bem longe da ação e nenhum detrito chegou até essa região.


A nave pousa a alguns metros da base. Como o Sr. Kering requer cuidados especiais, Marcos Kerbelo tira o jipe Cambito I da sua garagem e vai dar uma caroninha para os recém-chegados.


Com a ajuda dos colegas, Kering sobe no jipe. O bilionário já está gostando da ideia de viver em Minmus. A gravidade é bem fraquinha, e a base Arcádia parece ser muito mais espaçosa que a estação espacial. Há males que vêm para bem, afinal.

sábado, 26 de outubro de 2013

Operação Pasárgada - O Fim (parte 1): Catástrofe

 
Ano 2 - Dia 169

As coisas estavam calmas na estação espacial Pasárgada. O doutor Kerbraga havia decidido estender o período em que os tripulantes permaneciam a bordo, de modo que o trio formado por Juca Kerreira, Tom Kersouza e o médico Dorival Kerviana tinha acabado de ultrapassar seu récorde de 100 dias em órbita. Mal sabiam eles que o tédio estava prestes a dar lugar ao terror absoluto.


Foi mais uma decisão ruim do centro de comando. Meses antes, o telescópio espacial Visionário I tinha detectado um grande cometa pouco além da órbita de Jool. A princípio não deram muita importância ao novo cometa, que apenas foi catalogado como Cometa 22. O Visionário acabou perdendo contato com a base devido à má qualidade das peças utilizadas, mas não antes de mostrar que a enorme atração gravitacional do gigante verde não apenas havia partido o cometa em vários pedaços, como também tinha colocado esses pedaços em uma rota que passava perigosamente próximo de Kerbin.


Os nossos intrépidos kerbonautas descobriram o quão perto a espécie kerbal esteve da extinção naquela manhã de domingo, quando uma leve sacudida os arrancou de seu sono. Um micro meteorito havia arrancado um dos painéis solares da estação. O que aconteceu foi o seguinte: os pedaços do Cometa 22 haviam errado o alvo, se seu alvo fosse Kerbin, por apenas alguns milhares de quilômetros. Centenas de pedaços, muitos deles maiores do que casas bem grandes, impactaram com a superfície munar a centenas de km por segundo. O resultado foi um cataclisma, com a formação de incontáveis novas crateras e dejetos sendo lançados em todas as direções. Alguns detritos da superfície munar chegaram até Kerbin, e teriam sido inofensivos se nossos amigos estivessem, assim como o resto de sua espécie, protegidos na segurança da atmosfera do seu planeta natal.


Juca, Tom, Dorival e o residente permanente da estação, Hermann Kering, não sabiam nada disso. Na hora, só tiveram tempo de colocar os trajes espaciais, e mal tinham começado a avaliar os danos quando estes se tornaram bem mais fáceis de avaliar: um segundo detrito atingiu o centro da estação!


A explosão arrancou o Arretado I de sua porta de atracagem, além de partir a estação em vários pedaços, que foram lançados lentamente em várias direções.


Era o fim de Pasárgada, mas por uma sorte tremenda, a seção habitável onde estavam nossos heróis permaneceu ilesa.


O comandante responsável no local era Juca Kerreira, que já havia demonstrado cabeça fria em situações de emergência. Juca não perdeu tempo: antes que as seções se distanciassem demais umas das outras, ele buscou sozinho o pedaço da estação onde estava atracada a nave de retorno Avexado IV.


Enquanto isso, os outros três kerbonautas discutiam as suas opções. A cabine habitável estava inteira, mas não havia certeza de que não tinha algum dano estrutural. O protocolo dizia que os kerbonautas deviam entrar nos módulos de fuga e retornar a Kerbin, mas Dorival os lembrou de que o idoso Hermann Kering talvez não sobrevivesse à reentrada. As acelerações do pouso e a gravidade do planeta seriam demais para os ossos do velho bilionário.


Em conferência com Juca pelo rádio, a tripulação chegou a uma solução: Kering permaneceria em órbita, a bordo do Avexado IV. Juca tinha inspecionado o veículo e não encontrou problemas. Com ele ficariam o comandante e o médico. Tom usaria um dos módulos de fuga, já que no Avexado só cabiam três.


Os poucos minutos de conferência entre os kerbonautas foram o suficiente para as seções da moribunda Pasárgada se distanciarem várias centenas de metros. Tom teve algumas dificuldades em localizar o pontinho branco que devia seguir, e não teria conseguido não fosse o radar do Avexado IV.


O kerbonauta se aproxima da seção, torcendo que os módulos de fuga estejam inteiros.


Ele passa pelo Avexado IV, e começa a inspecionar os módulos. Enquanto isso, Juca continua tentando restabelecer contato com a base.


Tom escolhe o módulo mais próximo, e vê que está tudo inteiro, pelo menos por fora.


Enquanto o kerbonauta confere o manual de instruções do módulo e se familiariza com o procedimento de pouso de emergência, Juca desacopla o Avexado IV.


Em seguida, ele aproxima a nave da seção habitável. Felizmente o "braço" arrancado da estação tem uma porta de acoplagem própria.


O Avexado IV se conecta à seção habitável onde Dorival e seu paciente, o velho Kering, aguardam.


Com a nave acoplada, eles transferem o velho bilionário para o banco do passageiro no Avexado, e se preparam para partir.


Finalmente Juca, Dorival e Hermann abandonam a estação, levando o Avexado IV a uma órbita alguns km acima.


Tom acabou de verificar o módulo de fuga, e descobriu em sua leitura do manual de instruções que esse procedimento ainda não foi testado, o que não o deixou particularmente muito tranquilizado.


Da janelinha do módulo de fuga individual, ele se despede dos destroços da estação que foi seu lar nos últimos 104 dias.


Em seguida, ele posiciona a nave contra a direção da órbita e aciona os foguetes de emergência. Esses pequenos foguetes de combustível sólido só são bons para um uso, de modo que um erro de cálculo pode deixar Tom preso em órbita para sempre.


Felizmente o cálculo não é muito complicado, e poucos minutos depois a cápsula penetra na atmosfera do planeta.


A reentrada é o momento mais crítico, mas não chega a impor perigo.


Os paraquedas são finalmente acionados.


Lentamente, Tom flutua em direção à superfície do oceano, decidido a não colocar os pés em uma nave espacial nunca mais.

domingo, 13 de outubro de 2013

Projeto Minmus - Missão 012: Expansão!


Ano 2 - Dia 152


Enquanto Severino se lamentava do descaso do centro espacial com a base Arcádia, mal sabia ele que os preparativos para finalmente completar a base já estavam bem avançados. É verdade que a NKI Hiperbólica havia viajado até Duna sem usar o combustível refinado em Minmus, mas em breve a nave voltaria e teria de ser reabastecida para novas missões.


O primeiro passo para expandir Arcádia era a substituição do "Porretão", o módulo robô de transporte de combustível que explodiu espontaneamente. A equipe de engenheiros do Doutor Kerbraga optou por não investir em um módulo capaz de pousar e se acoplar com a base, de modo que o Porretão II era apenas um foguete nuclear para transporte de combustível entre o Posto Minmus I e a órbita de Kerbin.


A ideia era que o "Porretinha", o módulo de pouso menor, poderia servir muito bem para transportar combustível de Arcádia até o Posto Minmus I, em órbita, mesmo que tivesse de fazer o triplo de viagens.


Com o novo transportador em órbita, é hora de enviar as novas instalações, que irão praticamente dobrar a capacidade populacional da base. Dentro desse foguete seguem um módulo habitacional e mais uma estufa.


O lançamento ocorre sem incidentes, agora que o programa espacial kerbrasileiro abandonou o uso de peças de procedência duvidosa e que não cumpriam os parâmetros básicos de qualidade.


O problema é que a base Arcádia ainda usa algumas dessas peças "de segunda", e então o novo habitat segue cheio de peças sobressalentes para substituí-las.


O Porretão II e os novos módulos se encontram em órbita de Kerbin. O transportador de combustível irá servir como módulo de transferência, empurrando a carga até Minmus.


Já acoplados, os módulos aceleram rumo à luazinha.


Horas depois eles chegam à órbita de Minmus. O Porretão II ficará em órbita.


É o Porretinha quem irá buscar as novas seções da base, pilotado remotamente por Severino.


Em órbita, o módulo de pouso se acopla aos módulos habitacionais, deixando o Porretão II para trás.


A geringonça desacelera e cai em direção à superfície.


O pouso ocorre com perfeição, apesar de um pouco mais longe da base que o desejável.


 Após depositar os módulos no Mar da Abundância, o Porretinha retorna ao espaço e se junta ao Porretão II no Posto Minmus I.



Enfim, com todos os seus módulos propriamente instalados e as peças defeituosas substituídas, a base Arcádia está completa!